Portaria SEPRT nº 1359, de 9 de dezembro de 2019
(DOU de 11/12/2019 (RETIFICADA no DOU de 08/01/2020))
Aprova o Anexo 3 – Calor – da Norma Regulamentadora nº 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, altera o Anexo nº 3 – Limites de Tolerância para Exposição ao Calor – da Norma Regulamentadora nº 15 – Atividades e Operações Insalubres e o Anexo II da NR nº 28 – Fiscalização e Penalidades, e dá outras providências.
O Secretário Especial de Previdência e Trabalho, no uso das atribuições que lhe conferem os arts. 155 e 200 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 e o inciso V do art. 71 do Anexo I do Decreto nº 9.745, de 08 de abril de 2019,
Resolve:
Art. 1º Aprovar o Anexo 3 – Calor – da Norma Regulamentadora – NR nº 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), aprovada pela Portaria do Ministério do Trabalho – MTB nº 3.214, de 8 de junho de 1978, com a redação constante no Anexo I desta Portaria.
Art. 2º Alterar o Anexo 3 – Limites de Tolerância para Exposição ao Calor – da NR nº 15 – Atividades e Operações Insalubres, aprovada pela Portaria MTB nº 3.214, de 8 de junho de 1978, que passa a vigorar com a redação constante no Anexo II desta Portaria.
Art. 3º O Anexo II da NR nº 28 – Fiscalização e Penalidades, aprovada pela Portaria da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho – SEPRT nº 1.067, de 23 de setembro de 2019, passa a vigorar com as seguintes alterações:
Art. 3º O Anexo II da NR nº 28 – Fiscalização e Penalidades, aprovada pela Portaria da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho – SEPRT nº 1.067, de 23 de setembro de 2019, passa a vigorar com as seguintes alterações:
…..
NR 9 – Anexo 3 | |||
Item/Subitem | Código | Infração | Tipo |
2.1 | 109174-3 | 4 | S |
2.1.1, alíneas “a”, “b”, “c”, “d”, “e” e “f”, e 2.1.2 | 109175-1 | 2 | S |
2.3, alíneas “a”, “b”, “c”, “d”, “e”, “f”, “g”, “h”, “i”, “j”, “k” e “l” e 2.3.1 | 109176-0 | 3 | S |
2.3.1.1, alíneas “a”, “b” e “c”, e 2.4, alíneas “a”, “b”, “c” e “d” | 109177-8 | 3 | S |
3.1, alíneas “a” e “b” | 109178-6 | 3 | S |
4.1, alíneas “a” e “b”, e 4.1.1 | 109179-4 | 4 | S |
5.1 | 109180-8 | 3 | S |
6.2, alíneas “a”, “b” e “c”, e 6.2.1, alíneas “a”, “b”, “c”, “d” e “e” | 109181-6 | 4 | S |
6.3 | 109182-4 | 3 | S |
…..
NR 15 – Anexo 3 | |||
Item/Subitem | Código | Infração | Tipo |
2.1 | 115238-6 | 4 | S |
3.1, alíneas “a”, “b”, “c”, “d”, “e”, “f” e “g” | 115239-4 | 2 | S |
…..
Art. 4º Determinar, conforme previsto na Portaria da Secretaria de Inspeção do Trabalho – SIT nº 787, de 27 de novembro de 2018, que o Anexo 3 da NR nº 9 seja interpretado com a tipificação de “Tipo 1”.
Art. 5º Revogar o código de ementa nº 115.053-7, referente ao item 1 (NR 15 – ANEXO 3) da NR nº 28 – Fiscalização e Penalidades, aprovada pela Portaria da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho – SEPRT nº 1.067, de 23 de setembro de 2019.
Art. 6º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
ROGÉRIO MARINHO
ANEXO I
Anexo 3 – Calor
Sumário:
1. Objetivos
2. Responsabilidades do empregador
3. Medidas preventivas e corretivas
4. Aclimatização
5. Procedimentos de Emergência
1. Objetivos
1.1 O objetivo deste Anexo é definir critérios para prevenção dos riscos à saúde dos trabalhadores decorrentes das exposições ocupacionais ao calor.
2. Responsabilidades do empregador
2.1 O empregador deve adotar medidas de prevenção, de modo que a exposição ocupacional ao calor não cause efeitos adversos à saúde do trabalhador.
2.1.1 O empregador deve orientar os trabalhadores especialmente quanto aos seguintes aspectos:
a) fatores de risco relacionados à exposição ao calor;
b) distúrbios relacionados ao calor, com exemplos de seus sinais e sintomas, tratamentos, entre outros;
c) necessidade de informar ao superior hierárquico ou ao médico a ocorrência de sinais e sintomas relacionados ao calor;
d) medidas de prevenção relacionadas à exposição ao calor, de acordo com a avalição de risco da atividade;
e) informações sobre o ambiente de trabalho e suas características; e
f) situações de emergência decorrentes da exposição ocupacional ao calor e condutas a serem adotadas.
2.1.2 Deverão ser realizadas capacitações anuais específicas, quando estas forem consideradas necessárias, de acordo com a avaliação de risco realizada pela organização.
2.3 O reconhecimento da exposição ocupacional ao calor deve considerar os seguintes aspectos, quando aplicáveis:
a) a sua identificação;
b) a caracterização das fontes geradoras;
c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de trabalho;
d) identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos;
e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição, considerando a organização do trabalho;
f) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da saúde decorrente do trabalho;
g) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura técnica;
h) a descrição das medidas de controle já existentes;
i) características dos fatores ambientais e demais riscos que possam influenciar na exposição ao calor e no mecanismo de trocas térmicas entre o trabalhador e o ambiente;
j) estimativas do tempo de permanência em cada atividade e situação térmica as quais o trabalhador permanece exposto ao longo da sua jornada de trabalho;
k) taxa metabólica para execução das atividades com exposição ao calor; e
l) registros disponíveis sobre a exposição ocupacional ao calor.
2.3.1 O reconhecimento dos riscos deve subsidiar a adoção de medidas de prevenção, sem prejuízo de outras medidas previstas nas demais Normas Regulamentadoras.
2.3.1.1 Se as informações obtidas na etapa de reconhecimento dos riscos não forem suficientes para permitir a tomada de decisão quanto à necessidade de implementação de medidas de prevenção, deve-se proceder à avaliação quantitativa para:
a) comprovar o controle da exposição ou a inexistência de riscos identificados na etapa de reconhecimento;
b) dimensionar a exposição dos trabalhadores; e
c) subsidiar o equacionamento das medidas de controle.
2.4 A avaliação quantitativa do calor deverá ser realizada com base na metodologia e procedimentos descritos na Norma de Higiene Ocupacional – NHO 06 (2ª edição – 2017), da FUNDACENTRO, nos seguintes aspectos:
a) determinação de sobrecarga térmica por meio do índice IBUTG – Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo;
b) equipamentos de medição e formas de montagem, posicionamento e procedimentos de uso dos mesmos nos locais avaliados;
c) procedimentos quanto à conduta do avaliador; e
d) medições e cálculos.
2.4.1 A taxa metabólica deve ser estimada com base na comparação da atividade realizada pelo trabalhador com as opções apresentadas no Quadro 3 deste Anexo.
2.4.1.1 Caso uma atividade específica não esteja apresentada no Quadro 3 deste Anexo, o valor da taxa metabólica deverá ser obtido por associação com atividade similar do referido Quadro.
2.4.1.1.1 Na impossibilidade de enquadramento por similaridade, a taxa metabólica também pode ser estimada com base em outras referências técnicas, desde que justificadas tecnicamente.
2.4.2 Para atividades em ambientes externos sem fontes artificiais de calor, alternativamente ao previsto nas alíneas “b”, “c”, e “d” do item 2.4, poderá ser utilizada ferramenta da Fundacentro, para estimativa do IBUTG, se disponível.
3. Medidas preventivas e corretivas
3.1 Medidas preventivas
3.1.1 Sempre que os níveis de ação para exposição ocupacional ao calor, estabelecidos no Quadro 1 forem excedidos, devem ser adotadas pelo empregador, uma ou mais das seguintes medidas:
a) disponibilizar água fresca potável (ou outro líquido de reposição adequado) e incentivar a sua ingestão; e
b) programar os trabalhos mais pesados (acima de 414W – quatrocentos e quatorze watts), preferencialmente nos períodos com condições térmicas mais amenas, desde que nesses períodos não ocorram riscos adicionais.
3.1.2 Para os ambientes fechados ou com fontes artificiais de calor, além do contido no item 3.1.1, o empregador deverá fornecer vestimentas de trabalho adaptadas ao tipo de exposição e à natureza da atividade.
3.2 Medidas corretivas
3.2.1 As medidas corretivas visam reduzir a exposição ocupacional ao calor a valores abaixo do limite de exposição.
3.2.2 Quando ultrapassados os limites de exposição estabelecidos no Quadro 2, devem ser adotadas pelo empregador uma ou mais das seguintes medidas corretivas:
a) adequar os processos, as rotinas ou as operações de trabalho;
b) alternar operações que gerem exposições a níveis mais elevados de calor com outras que não apresentem exposições ou impliquem exposições a menores níveis, resultando na redução da exposição;
c) disponibilizar acesso a locais, inclusive naturais, termicamente mais amenos, que possibilitem pausas espontâneas, permitindo a recuperação térmica nas atividades realizadas em locais abertos e distantes de quaisquer edificações ou estruturas naturais ou artificiais.
3.2.2.1 Para os ambientes fechados ou com fontes artificiais de calor, além do contido no item 3.2.2, o empregador deverá:
a) adaptar os locais e postos de trabalho;
b) reduzir a temperatura ou a emissividade das fontes de calor;
c) utilizar barreiras para o calor radiante;
d) adequar o sistema de ventilação do ar;
e) adequar a temperatura e a umidade relativa do ar
3.2.3 O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, previsto na Norma Regulamentadora nº 7, deve prever procedimentos e avaliações médicas considerando a necessidade de exames complementares e monitoramento fisiológico, quando ultrapassados os limites de exposição previstos no Quadro 2 deste Anexo e caracterizado o risco de sobrecarga térmica e fisiológica dos trabalhadores expostos ao calor
3.2.3.1 Fica caracterizado o risco de sobrecarga térmica e fisiológica com possibilidade de lesão grave à integridade física ou à saúde dos trabalhadores:
a) quando não forem adotadas as medidas previstas no item 3 deste Anexo; ou
b) quando as medidas adotadas não forem suficientes para a redução do risco.
4 Aclimatização
4.1 Para atividades de exposição ocupacional ao calor acima do nível de ação, deverá ser considerada a devida aclimatização descrita no PCMSO.
4.2 Quando houver a necessidade de elaboração de plano de aclimatização, devem ser considerados os parâmetros previstos na NHO 06 da FUNDACENTRO ou outras referências técnicas emitidas por organização competente.
5. Procedimentos de emergência
5.1 A organização deverá possuir procedimento de emergência específico para o calor, contemplando:
a) meios e recursos necessários para o primeiro atendimento ou encaminhamento do trabalhador para atendimento;
b) informação a todas as pessoas envolvidas nos cenários de emergências.
Quadro 1 – Nível de ação para trabalhadores aclimatizados
¯[w] | ¯[ºc] | ¯[w] | ¯[ºc] | ¯[w] | ¯[ºc] |
100 | 31,7 | 183 | 28,0 | 334 | 24,3 |
101 | 31,6 | 186 | 27,9 | 340 | 24,2 |
103 | 31,5 | 189 | 27,8 | 345 | 24,1 |
105 | 31,4 | 192 | 27,7 | 351 | 24,0 |
106 | 31,3 | 195 | 27,6 | 357 | 23,9 |
108 | 31,2 | 198 | 27,5 | 363 | 23,8 |
110 | 31,1 | 201 | 27,4 | 369 | 23,7 |
112 | 31,0 | 205 | 27,3 | 375 | 23,6 |
114 | 30,9 | 208 | 27,2 | 381 | 23,5 |
115 | 30,8 | 212 | 27,1 | 387 | 23,4 |
117 | 30,7 | 215 | 27,0 | 394 | 23,3 |
119 | 30,6 | 219 | 26,9 | 400 | 23,2 |
121 | 30,5 | 222 | 26,8 | 407 | 23,1 |
123 | 30,4 | 226 | 26,7 | 414 | 23,0 |
125 | 30,3 | 230 | 26,6 | 420 | 22,9 |
127 | 30,2 | 233 | 26,5 | 427 | 22,8 |
129 | 30,1 | 237 | 26,4 | 434 | 22,7 |
132 | 30,0 | 241 | 26,3 | 442 | 22,6 |
134 | 29,9 | 245 | 26,2 | 449 | 22,5 |
136 | 29,8 | 249 | 26,1 | 456 | 22,4 |
138 | 29,7 | 253 | 26,0 | 464 | 22,3 |
140 | 29,6 | 257 | 25,9 | 479 | 22,1 |
143 | 29,5 | 262 | 25,8 | 487 | 22,0 |
145 | 29,4 | 266 | 25,7 | 495 | 21,9 |
148 | 29,3 | 270 | 25,6 | 503 | 21,8 |
150 | 29,2 | 275 | 25,5 | 511 | 21,7 |
152 | 29,1 | 279 | 25,4 | 520 | 21,6 |
155 | 29,0 | 284 | 25,3 | 528 | 21,5 |
158 | 28,9 | 289 | 25,2 | 537 | 21,4 |
160 | 28,8 | 293 | 25,1 | 546 | 21,3 |
163 | 28,7 | 298 | 25,0 | 555 | 21,2 |
165 | 28,6 | 303 | 24,9 | 564 | 21,1 |
168 | 28,5 | 308 | 24,8 | 573 | 21,0 |
171 | 28,4 | 313 | 24,7 | 583 | 20,9 |
174 | 28,3 | 318 | 24,6 | 593 | 20,8 |
177 | 28,2 | 324 | 24,5 | 602 | 20,7 |
180 | 28,1 | 329 | 24,4 |
Quadro 2 – Limite de exposição ocupacional ao calor para trabalhadores aclimatizados
[w]¯ | [ºc] | [w] | [ºc] | [w] | [ºc] |
100 | 33,7 | 186 | 30,6 | 346 | 27,5 |
102 | 33,6 | 189 | 30,5 | 353 | 27,4 |
104 | 33,5 | 193 | 30,4 | 360 | 27,3 |
106 | 33,4 | 197 | 30,3 | 367 | 27,2 |
108 | 33,3 | 201 | 30,2 | 374 | 27,1 |
110 | 33,2 | 205 | 30,1 | 382 | 27,0 |
112 | 33,1 | 209 | 30,0 | 390 | 26,9 |
115 | 33,0 | 214 | 29,9 | 398 | 26,8 |
117 | 32,9 | 218 | 29,8 | 406 | 26,7 |
119 | 32,8 | 222 | 29,7 | 414 | 26,6 |
122 | 32,7 | 227 | 29,6 | 422 | 26,5 |
124 | 32,6 | 231 | 29,5 | 431 | 26,4 |
127 | 32,5 | 236 | 29,4 | 440 | 26,3 |
129 | 32,4 | 241 | 29,3 | 448 | 26,2 |
132 | 32,3 | 246 | 29,2 | 458 | 26,1 |
135 | 32,2 | 251 | 29,1 | 467 | 26,0 |
137 | 32,1 | 256 | 29,0 | 476 | 25,9 |
140 | 32,0 | 261 | 28,9 | 486 | 25,8 |
143 | 31,9 | 266 | 28,8 | 496 | 25,7 |
146 | 31,8 | 272 | 28,7 | 506 | 25,6 |
149 | 31,7 | 277 | 28,6 | 516 | 25,5 |
152 | 31,6 | 283 | 28,5 | 526 | 25,4 |
155 | 31,5 | 289 | 28,4 | 537 | 25,3 |
158 | 31,4 | 294 | 28,3 | 548 | 25,2 |
161 | 31,3 | 300 | 28,2 | 559 | 25,1 |
165 | 31,2 | 306 | 28,1 | 570 | 25,0 |
168 | 31,1 | 313 | 28,0 | 582 | 24,9 |
171 | 31,0 | 319 | 27,9 | 594 | 24,8 |
175 | 30,9 | 325 | 27,8 | 606 | 24,7 |
178 | 30,8 | 332 | 27,7 | ||
182 | 30,7 | 339 | 27,6 |
Nota 1: Os limites estabelecidos são válidos apenas para trabalhadores com uso de vestimentas que não incrementem ajuste de IBUTG médio, conforme correções previstas no Quadro 4 deste anexo.
Nota 2: Os limites são válidos para trabalhadores com aptidão para o trabalho, conforme avaliação médica prevista na NR 07.
Quadro 3 – Taxa metabólica por tipo de atividade
Atividade | Taxa metabólica (W) |
Sentado | |
Em repouso | 100 |
Trabalho leve com as mãos | 126 |
Trabalho moderado com as mãos | 153 |
Trabalho pesado com as mãos | 171 |
Trabalho leve com um braço | 162 |
Trabalho moderado com um braço | 198 |
Trabalho pesado com um braço | 234 |
Trabalho leve com dois braços | 216 |
Trabalho moderado com dois braços | 252 |
Trabalho pesado com dois braços | 288 |
Trabalho leve com braços e pernas | 324 |
Trabalho moderado com braços e pernas | 441 |
Trabalho pesado com braços e pernas | 603 |
Em pé, agachado ou ajoelhado | |
Em repouso | 126 |
Trabalho leve com as mãos | 153 |
Trabalho moderado com as mãos | 180 |
Trabalho pesado com as mãos | 198 |
Trabalho leve com um braço | 189 |
Trabalho moderado com um braço | 225 |
Trabalho pesado com um braço | 261 |
Trabalho leve com dois braços | 243 |
Trabalho moderado com dois braços | 279 |
Trabalho pesado com dois braços | 315 |
Trabalho leve com o corpo | 351 |
Trabalho moderado com o corpo | 468 |
Trabalho pesado com o corpo | 630 |
Em pé, em movimento | |
Andando no plano | |
1. Sem carga | |
2 km/h | 198 |
3 km/h | 252 |
4 km/h | 297 |
5 km/h | 360 |
2. Com carga | |
10 kg, 4 km/h | 333 |
30 kg, 4 km/h | 450 |
Correndo no plano | |
9 km/h | 787 |
12 km/h | 873 |
15 km/h | 990 |
Subindo rampa | |
1.Sem carga | |
com 5º de inclinação, 4 km/h | 324 |
com 15º de inclinação, 3 km/h | 378 |
com 25º de inclinação, 3 km/h | 540 |
2. Com carga de 20 kg | |
com 15º de inclinação, 4 km/h | 486 |
com 25º de inclinação, 4 km/h | 738 |
Descendo rampa (5 km/h) sem carga | |
com 5º de inclinação | 243 |
com 15º de inclinação | 252 |
com 25º de inclinação | 324 |
Subindo escada (80 degraus por minuto – altura do degrau de 0,17 m) | |
Sem carga | 522 |
Com carga (20 kg) | 648 |
Descendo escada (80 degraus por minuto – altura do degrau de 0,17 m) | |
Sem carga | 279 |
Com carga (20 kg) | 400 |
Trabalho moderado de braços (ex.: varrer, trabalho em almoxarifado) | 320 |
Trabalho moderado de levantar ou empurrar | 349 |
Trabalho de empurrar carrinhos de mão, no mesmo plano, com carga | 391 |
Trabalho de carregar pesos ou com movimentos vigorosos com os braços (ex.: trabalho com foice) | 495 |
Trabalho pesado de levantar, empurrar ou arrastar pesos (ex.: remoção com pá, abertura de valas) | 524 |
Quadro 4 – Incrementos de ajuste do IBUTG médio para alguns tipos de vestimentas*
Tipo de roupa | Adição ao IBUTG [ºC] |
Uniforme de trabalho (calça e camisa de manga comprida) | 0 |
Macacão de tecido | 0 |
Macacão de polipropileno SMS (Spun-Melt-Spun) | 0,5 |
Macacão de poliolefina | 2 |
Vestimenta ou macacão forrado (tecido duplo) | 3 |
Avental longo de manga comprida impermeável ao vapor | 4 |
Macacão impermeável ao vapor | 10 |
Macacão impermeável ao vapor sobreposto à roupa de trabalho | 12 |
*Vestimentas com capuz devem ter seu valor acrescido em 1ºC
ANEXO II
Anexo nº 3 – limites de exposição ocupacional ao calor
Sumário:
1. Objetivos
2. Caracterização da atividade ou operação insalubre
3. Laudo Técnico para caracterização da exposição ocupacional ao calor
1. Objetivos
1.1 O objetivo deste Anexo é estabelecer critério para caracterizar as atividades ou operações insalubres decorrentes da exposição ocupacional ao calor em ambientes fechados ou ambientes com fonte artificial de calor.
1.1.1 Este Anexo não se aplica a atividades ocupacionais realizadas a céu aberto sem fonte artificial de calor.
2. Caracterização da atividade ou operação insalubre
2.1 A avaliação quantitativa do calor deverá ser realizada com base na metodologia e procedimentos descritos na Norma de Higiene Ocupacional NHO 06 (2ª edição – 2017) da FUNDACENTRO nos seguintes aspectos:
a) determinação de sobrecarga térmica por meio do índice IBUTG – Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo;
b) equipamentos de medição e formas de montagem, posicionamento e procedimentos de uso dos mesmos nos locais avaliados;
c) procedimentos quanto à conduta do avaliador; e
d) medições e cálculos.
2.2 A taxa metabólica deve ser estimada com base na comparação da atividade realizada pelo trabalhador com as opções apresentadas no Quadro 2 deste Anexo.
2.2.1 Caso uma atividade específica não esteja apresentada no Quadro 2 deste Anexo, o valor da taxa metabólica deverá ser obtido por associação com atividade similar do referido Quadro.
2.3. São caracterizadas como insalubres as atividades ou operações realizadas em ambientes fechados ou ambientes com fonte artificial de calor sempre que o IBUTG (médio) medido ultrapassar os limites de exposição ocupacional estabelecidos com base no Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo apresentados no Quadro1 () e determinados a partir da taxa metabólica das atividades, apresentadas no Quadro 2, ambos deste anexo.
2.4 O Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo Médio – e a Taxa Metabólica Média – , a serem considerados na avaliação da exposição ao calor, devem ser aqueles que, obtidos no período de 60 (sessenta) minutos corridos, resultem na condição mais crítica de exposição.
2.4.1 A avaliação quantitativa deve ser representativa da exposição, devendo ser desconsideradas as situações de exposições eventuais ou não rotineiras nas quais os trabalhadores não estejam expostos diariamente.
2.5 Os limites de exposição ocupacional ao calor, , estão apresentados no Quadro 1 deste anexo para os diferentes valores de taxa metabólica média .
2.6 As situações de exposição ocupacional ao calor, caracterizadas como insalubres, serão classificadas em grau médio.
3. Laudo Técnico para caracterização da exposição ocupacional ao calor
3.1 A caracterização da exposição ocupacional ao calor deve ser objeto de laudo técnico que contemple, no mínimo, os seguintes itens:
a) introdução, objetivos do trabalho e justificativa;
b) avaliação dos riscos, descritos no item 2.3 do Anexo nº 3 da NR 09;
c) descrição da metodologia e critério de avaliação, incluindo locais, datas e horários das medições;
d) especificação, identificação dos aparelhos de medição utilizados e respectivos certificados de calibração conforme a NHO 06 da FUNDACENTRO, quando utilizado o medidor d
IBUTG;
e) avaliação dos resultados;
f) descrição e avaliação de medidas de controle eventualmente já adotadas; e
g) conclusão com a indicação de caracterização ou não de insalubridade.
Quadro 1 – Limite de exposição ocupacional ao calor
[W] | ¯[ºC] | ¯[W] | ¯[ºC] | ¯[W] | ¯[ºC] |
100 | 33,7 | 186 | 30,6 | 346 | 27,5 |
102 | 33,6 | 189 | 30,5 | 353 | 27,4 |
104 | 33,5 | 193 | 30,4 | 360 | 27,3 |
106 | 33,4 | 197 | 30,3 | 367 | 27,2 |
108 | 33,3 | 201 | 30,2 | 374 | 27,1 |
110 | 33,2 | 205 | 30,1 | 382 | 27,0 |
112 | 33,1 | 209 | 30,0 | 390 | 26,9 |
115 | 33,0 | 214 | 29,9 | 398 | 26,8 |
117 | 32,9 | 218 | 29,8 | 406 | 26,7 |
119 | 32,8 | 222 | 29,7 | 414 | 26,6 |
122 | 32,7 | 227 | 29,6 | 422 | 26,5 |
124 | 32,6 | 231 | 29,5 | 431 | 26,4 |
127 | 32,5 | 236 | 29,4 | 440 | 26,3 |
129 | 32,4 | 241 | 29,3 | 448 | 26,2 |
132 | 32,3 | 246 | 29,2 | 458 | 26,1 |
135 | 32,2 | 251 | 29,1 | 467 | 26,0 |
137 | 32,1 | 256 | 29,0 | 476 | 25,9 |
140 | 32,0 | 261 | 28,9 | 486 | 25,8 |
143 | 31,9 | 266 | 28,8 | 496 | 25,7 |
146 | 31,8 | 272 | 28,7 | 506 | 25,6 |
149 | 31,7 | 277 | 28,6 | 516 | 25,5 |
152 | 31,6 | 283 | 28,5 | 526 | 25,4 |
155 | 31,5 | 289 | 28,4 | 537 | 25,3 |
158 | 31,4 | 294 | 28,3 | 548 | 25,2 |
161 | 31,3 | 300 | 28,2 | 559 | 25,1 |
165 | 31,2 | 306 | 28,1 | 570 | 25,0 |
168 | 31,1 | 313 | 28,0 | 582 | 24,9 |
171 | 31,0 | 319 | 27,9 | 594 | 24,8 |
175 | 30,9 | 325 | 27,8 | 606 | 24,7 |
178 | 30,8 | 332 | 27,7 | ||
182 | 30,7 | 339 | 27,6 |
Quadro 2 – Taxa metabólica por tipo de atividade Quadro 2 – Taxa metabólica por tipo de atividade
Atividade | Taxa metabólica (W) |
Sentado | |
Em repouso | 100 |
Trabalho leve com as mãos | 126 |
Trabalho moderado com as mãos | 153 |
Trabalho pesado com as mãos | 171 |
Trabalho leve com um braço | 162 |
Trabalho moderado com um braço | 198 |
Trabalho pesado com um braço | 234 |
Trabalho leve com dois braços | 216 |
Trabalho moderado com dois braços | 252 |
Trabalho pesado com dois braços | 288 |
Trabalho leve com braços e pernas | 324 |
Trabalho moderado com braços e pernas | 441 |
Trabalho pesado com braços e pernas | 603 |
Em pé, agachado ou ajoelhado | |
Em repouso | 126 |
Trabalho leve com as mãos | 153 |
Trabalho moderado com as mãos | 180 |
Trabalho pesado com as mãos | 198 |
Trabalho leve com um braço | 189 |
Trabalho moderado com um braço | 225 |
Trabalho pesado com um braço | 261 |
Trabalho leve com dois braços | 243 |
Trabalho moderado com dois braços | 279 |
Trabalho pesado com dois braços | 315 |
Trabalho leve com o corpo | 351 |
Trabalho moderado com o corpo | 468 |
Trabalho pesado com o corpo | 630 |
Em pé, em movimento | |
Andando no plano | |
1. Sem carga | |
2 km/h | 198 |
3 km/h | 252 |
4 km/h | 297 |
5 km/h | 360 |
2. Com carga | |
10 kg, 4 km/h | 333 |
30 kg, 4 km/h | 450 |
Correndo no plano | |
9 km/h | 787 |
12 km/h | 873 |
15 km/h | 990 |
Subindo rampa | |
1.Sem carga | |
com 5º de inclinação, 4 km/h | 324 |
com 15º de inclinação, 3 km/h | 378 |
com 25º de inclinação, 3 km/h | 540 |
2. Com carga de 20 kg | |
com 15º de inclinação, 4 km/h | 486 |
com 25º de inclinação, 4 km/h | 738 |
Descendo rampa (5 km/h) sem carga | |
com 5º de inclinação | 243 |
com 15º de inclinação | 252 |
com 25º de inclinação | 324 |
Subindo escada (80 degraus por minuto – altura do degrau de 0,17 m) | |
Sem carga | 522 |
Com carga (20 kg) | 648 |
Descendo escada (80 degraus por minu- to – altura do degrau de 0,17 m) | |
Sem carga | 279 |
Com carga (20 kg) | 400 |
Trabalho moderado de braços (ex.: varrer, trabalho em almoxarifado) | 320 |
Trabalho moderado de levantar ou empurrar | 349 |
Trabalho de empurrar carrinhos de mão, no mesmo plano, com carga | 391 |
Trabalho de carregar pesos ou com movimentos vigorosos com os braços (ex.: trabalho com foice) | 495 |
Trabalho pesado de levantar, empurrar ou arrastar pesos (ex.: remoção com pá, abertura de valas) | 524 |